Novo estudo de Motorizações LeasePlan
Já está disponível o 2.º estudo LeasePlan de motorizações e há 5 indicadores a ter desde já em conta:
1. Eletrificação automóvel está no topo da agenda dos gestores de frotas.
2. A transição para a mobilidade elétrica representa um potencial de poupança em TCO para cerca de 65% da frota gerida pela LeasePlan em 2019, um ganho de 12% face a 2018.
3. Elétricos ganham em impostos, custos de energia e manutenção.
4. O Renting tem sido um driver para a transição elétrica.
5. Portugal apresenta taxas de penetração de veículos elétricos acima da taxa europeia.
A utilização de automóveis elétricos é um tema que tem marcado a agenda da mobilidade nos últimos anos. Agora, o assunto começa a ganhar alguma maturidade e essa é a primeira ilação a tirar do 2.º estudo de motorizações da LeasePlan. Se compararmos com a 1ª edição – “Motorizações: qual a mais eficiente?” -, na qual analisámos os mesmos segmentos e quilometragens, verificamos em primeiro lugar, que, passado apenas um ano, já existem soluções 100% elétricas para todos os segmentos analisados. Em segundo lugar, assistimos a um ganho de competitividade assinalável das propulsões 100% elétricas em muitos segmentos e, para vários perfis de quilometragem. Aqui, destaque particular para o segmento dos utilitários, muito alavancado pela aposta dos construtores automóveis em versões elétricas nas suas opções citadinas. Estas são apenas algumas das conclusões do estudo anual “Motorizações” junto de empresas com frotas entre 75 a 200 veículos. Mas há mais…
Renting de ‘elétricos’ em crescimento
O mercado de renting nacional tem exibido um crescimento de veículos eletrificados mais rápido do que o registado pelo mercado português como um todo – e neste sentido, o renting tem sido um driver para a transição elétrica. Podemos constatar também que nos últimos 3 anos, o renting tem privilegiado os veículos 100% elétricos, enquanto no mercado nacional os híbridos plug-in têm tido a preferência dos consumidores.
“Há um aspeto relevante que é o facto das conclusões do estudo diferirem quando se analisa as grandes em comparação com as pequenas e médias empresas, onde a transição para a eletrificação é mais favorável já que nestas não existe grande elasticidade nos descontos das Marcas e a competitividade dos elétricos ganha assim mais relevo”, refere Pedro Pessoa, Diretor Comercial da LeasePlan.
Elétricos e plug-in mais competitivos
Considerando que os 8 segmentos do estudo representam 86% da frota do mercado de renting (Utilitário, Pequeno Familiar SUV, Pequeno Familiar Generalista, Pequeno Familiar Premium, Médio Familiar Generalista, Médio Familiar Premium, Grande Familiar e Pequeno Furgão), constatamos que os ganhos de competitividade dos veículos elétricos e plug-in aumentaram comparativamente ao estudo do ano passado. Se tivermos em conta a quilometragem mais escolhida pelas empresas (30.000 km/ano), juntamente com o peso relativo de cada segmento nas frotas, passámos de uma situação de 53% de perfis de utilização em que o veículo eletrificado exibia um TCO inferior aos restantes em 2018, para os atuais 65% em 2019, um acréscimo de 12% em apenas um ano.
Na análise deste ano, a propulsão a Diesel deixa de ser competitiva no segmento dos utilitários. Perdeu quota de 2018 para cá, quando no ano passado era a mais competitiva em 5 dos 7 perfis de utilização considerados. Uma outra análise relevante para as frotas é perceber onde estão as principais diferenças de custos entre um veículo Diesel e um 100% elétrico. Assim, o que se conclui é que, globalmente, os custos de utilização de um veículo 100% elétrico são mais baixos do que os de um veículo Diesel equivalente. A competitividade do veículo elétrico face ao Diesel está alicerçada em 3 componentes muito importantes do TCO (ou custo total de utilização): impostos, custos de energia e custos com a manutenção.
Principais conclusões por segmento
Utilitários | A oferta a gasolina é a mais competitiva até aos 25.000kms/ano. A partir dos 25.000kms/ano, a oferta mais competitiva deixa de ser a propulsão a Diesel e passa a ser a propulsão elétrica. Na quilometragem mais habitual das frotas (30.000kms/ano), o modelo elétrico apresenta um TCO 5% mais competitivo que a propulsão seguinte (híbrida). De referir ainda que continua a não existir oferta de modelos híbridos plug-in.
Pequeno Familiar SUV – segmento de maior crescimento de todo o setor automóvel | A oferta de soluções é completa, desde motores 100% elétricos a motores a combustão. Na análise do TCO mensal, a versão gasolina é a opção mais vantajosa para quilometragens inferiores a 15.000kms/ano e a partir desse ponto o Diesel é a opção mais económica.
Pequenos Familiares Generalistas | Dispõe de uma oferta de propulsões completa. Tal como em 2018, a solução a gasolina é a mais vantajosa até aos 15.000km/ano; nos 20.000km/ano estamos num ponto em que se verifica um equilíbrio de três soluções (Gasolina / Diesel / Elétrico). Acima dos 20.000km/ano o modelo elétrico exibe os menores custos totais de utilização.
Pequenos Familiares Premium | Tem também uma oferta completa. Se em 2018 a versão a gasolina era a mais competitiva até aos 30.000kms/ano, este ano a versão a Diesel é a mais vantajosa. De facto, com base na análise quilométrica, a solução gasolina é a mais competitiva para os 10.000kms/ano, acima desta quilometragem e até 35.000kms/ano o veículo Diesel é o mais competitivo e a partir dai o elétrico tem o melhor custo total de utilização.
Médio Familiar | Também dispõe de uma gama completa de propulsões, na análise quilométrica o veículo elétrico é o mais competitivo, exceto para quilometragens entre os 10.000km/ano e os 20.000 km/ano, onde a versão a Gasolina se apresenta como a mais competitiva. Acima dos 25.000kms/ano, os modelos eletrificados são os mais competitivos, com vantagem para os 100% elétricos.
Médio Familiar Premium | Independentemente da quilometragem, as versões 100% elétrica e plug-in são as mais competitivas. Na quilometragem mais habitual para as frotas (30.000kms/ano), a diferença de TCO da versão a Diesel para a versão elétrica são 19% ou 188 euros mensais.
Grande Familiar Premium | A versão plus-in a Diesel é a mais económica face a todas as outras motorizações e também para todas as outras quilometragens.
Pequenos Furgões | Não dispõe de soluções híbridas e híbridas plug-in, permanecendo o veículo a Diesel como o mais competitivo para todas as quilometragens
Assim, a procura por veículos eletrificados tem-se intensificado ao longo dos anos. No entanto, mesmo havendo crescimento, a taxa de penetração dos veículos eletrificados globalmente é de apenas 2,2%. Portugal apresenta taxas de penetração de 3,3%, acima da taxa europeia (1,8%).
Incentivos da ‘fiscalidade verde’
Um dos fatores que mais tem afetado a procura por veículos eletrificados no mundo inteiro é o conjunto de incentivos governamentais para a transição elétrica. Para além dos apoios na compra, os governos também podem desenvolver políticas fiscais que discriminem os veículos eletrificados de forma positiva, sendo esse o caso português, “embora com realidades diferentes para particulares e empresas”, comenta Pedro Pessoa, que acrescenta ainda que “para que a transição seja feita nos particulares, constatamos que o incentivo fiscal às empresas pode ser algo a considerar para este mercado também”.
Nesse sentido, do ponto de vista do custo, a fiscalidade verde trouxe competitividade aos veículos 100% elétricos e aos híbridos plug-in. Uma das formas de auscultação alargada do mercado que temos é o LeasePlan Mobility Monitor, uma pesquisa anual que recolhe opiniões dos consumidores e das empresas sobre os temas mais prementes que o setor da mobilidade enfrenta e que incluiu Portugal, com os condutores portugueses a revelarem ser dos mais positivos em relação aos carros elétricos, com 87% a referirem que têm uma atitude muito positiva quanto à mudança para VE e 51% a confirmarem que têm intenção de mudar para um elétrico na compra do próximo veículo.
Existe um saudável apetite do mercado português para a transição para o veículo elétrico, onde tanto as empresas como os particulares revelam uma preocupação ambiental, mas também reconhecem na mobilidade elétrica uma oportunidade de diminuição dos seus custos com energia/combustível.
O setor e o combate às alterações climáticas
Com o tempo, e dada a pressão governamental para a contenção das emissões de CO2, muito tem de mudar, principalmente tendo em conta a urgência climática reconhecida no Roteiro para a Neutralidade Carbónica. A LeasePlan tem também o seu “roteiro para a neutralidade carbónica”, a diferença é que a meta é 2030, ano em que tem como objetivo atingir zero emissões na sua frota total. Os principais elementos da estratégia da LeasePLan incluem a sensibilização dos clientes sobre what’s next em veículos de baixas emissões, facilitando a adoção de veículos de baixas emissões com propostas atrativas para os clientes desenvolvidas pelo LeasePlan Electric Vehicle Experience Center. A LeasePlan é também membro fundador da EV100, uma nova iniciativa de negócio global projetada para acelerar a aceitação de veículos elétricos e as suas infraestruturas, lançada pelo The Climate Group no âmbito da Assembleia Geral da ONU em setembro.
Setor dos transportes e a Neutralidade Carbónica 2050
O setor dos transportes é responsável por 25% das emissões de gases de estufa em Portugal. Por sua vez, o subsetor dos transportes rodoviários representa cerca de 96% das emissões dos transportes. Tendo em conta que as frotas vêm assumindo uma quota cada vez maior dos automóveis no nosso país, face aos objetivos fixados pelo Governo no Roteiro para a Neutralidade Carbónica 2050, a LeasePlan assume como seu objetivo estratégico a antecipação da neutralidade carbónica das frotas dos seus clientes para 2030, adiantando-se assim em 20 anos face ao objetivo nacional.
Considerando as metas do Acordo de Paris e o Roteiro para a Neutralidade Carbónica 2050, a verdade é que, mesmo considerando que estes apresentam objetivos demasiado ambiciosos, se olharmos para o stock de veículos a circular por motorização, somos obrigados a acelerar a transição para motorizações mais sustentáveis por todos os meios ao nosso alcance. Com efeito, em 2021, 90% de veículos de passageiros a circular nas estradas europeias ainda serão a combustão; este número baixa para 70% em 2025 e para uns ainda relevantes 50% em 2030. Depois de 2030, teremos 20 anos para tirar da estrada os restantes 50% de veículos a combustão.
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