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Oliver Wyman: 125 milhões de carros elétricos até 2030 ...

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Oliver Wyman: 125 milhões de carros elétricos até 2030

 

António Sarmento 01 Agosto 2019, 07:35

O estudo da Oliver Wyman sobre o setor da energia fala da necessidade dos países se adaptarem à cada vez maior compra de veículos elétricos por parte dos condutores.

Um estudo intitulado The Oliver Wyman Energy Journal analisa a necessidade dos países se adaptarem à expectável aquisição de carros elétricos por parte dos condutores. Estima-se que o número de veículos elétricos nas estradas, em todo o mundo, cresça de quatro milhões, no final de 2018, para 125 milhões até 2030.

“O crescimento foi exponencial, sendo que para se atingir o um milhão de veículos elétricos foram precisos mais de 60 meses. Já a passagem dos três para os quatro milhões, aconteceu em apenas meio ano”, lê-se no relatório. Acredita-se que esta tendência acelere nos próximos anos. A contribuir para este cenário está o cada vez maior número de incentivos para a compra de  veículos elétricos, a chegada ao Ocidente de veículos elétricos low cost, oriundos da China e a aposta crescente  dos fabricantes em modelos elétricos e híbridos.

Perante este cenário, os governos terão em breve de enfrentar um novo dilema, o de garantir o fornecimento de energia, com o aumento de veículos elétricos em circulação. “Tudo indica que os apagões poderão começar a acontecer a partir de 2030. No Reino Unido o expectável é que quando o número de elétricos atingir os 30% comece a haver cortes no fornecimento de energia. Na Alemanha estima-se que quando 50% dos veículos em circulação forem elétricos, tenha de haver um acréscimo de investimento em energia de 11 milhões de euros”, acrescenta o estudo da Oliver Wyman.

Este é apenas um dos cenários que o mundo tem de enfrentar, mas o relatório vai mais longe e traça uma análise do panorama atual, dos alertas para a descarbonização e redução da emissão de gases de estufa, que colocam o Clima na agenda do dia. As alterações constantes e cada vez maiores e com maior impacto têm provocado um aquecimento global de 1,5%, uma meta que o mundo tem de se preocupar em manter nos próximos 12 anos, por forma a evitar o aumento do risco de desastres globais.

Nesse sentido existe uma cada vez maior sensibilização de âmbito governamental, com os países a investirem cada vez mais em energias limpas e renováveis, um aumento que atingiu os 14% nos últimos 10 anos. Esta tendência deverá manter-se e a estimativa e de que até 2050  90% da energia produzida nos países da OCDE seja de fontes renováveis.

“O mundo está assim alerta quanto à cada vez maior necessidade de ter uma economia com zero emissões de carbono. As mudanças são transversais e  mesmo o mundo financeiro está em adaptação. A perceção de risco de desastres climáticos passa a fazer parte da análise do risco de endividamento e um dos fatores a ter em conta pelos bancos na atribuição de linhas de crédito. As empresas têm também de se adaptar e apostar na gestão de dados e inteligência artificial para poder prever cenários de catástrofe, planear e gerir o seu portefólio de investimento”, conclui o estudo.