A Comissão Europeia (CE) quer dar mais tempo aos fabricantes de automóveis para cumprirem as regras de emissões de CO2. A Presidente da CE, Ursula von der Leyen, anunciou que apresentará um plano de ação esta quarta-feira. O objetivo é que o Parlamento Europeu e os Estados-Membros aprovem rapidamente a proposta.
A União Europeia pretende apoiar a indústria automóvel sem comprometer os objetivos climáticos. No entanto, a ONG Transport & Environment critica a iniciativa. A organização classifica a proposta como “uma prenda sem precedentes” para os fabricantes europeus.
Von der Leyen quer alterar este mês o regulamento do CO2. Com a nova proposta, as empresas terão três anos para cumprir as normas, em vez de o fazerem anualmente. Segundo a CE, a mudança dará mais previsibilidade e espaço para a indústria se adaptar. Contudo, os objetivos acordados não serão alterados.
A Presidente da Comissão sublinha a necessidade de equilíbrio. A indústria pede maior flexibilidade nas metas de emissões, mas a UE quer manter justiça para quem já cumpre. “Temos de manter os objetivos e, ao mesmo tempo, ouvir as preocupações do setor nestes tempos difíceis”, afirmou.
A ACEA considera que a flexibilização é um passo positivo para a competitividade. A Stellantis defende que a mudança ajudará na eletrificação, desde que acompanhada por incentivos fiscais, energia mais barata e infraestruturas de carregamento.
Por outro lado, William Todts, diretor da T&E, critica a proposta. Segundo ele, a flexibilização beneficia fabricantes que não investiram em veículos não poluentes. Além disso, teme que a Europa fique ainda mais atrás da China na transição para os elétricos.
Fonte: WELECTRIC