Veículos elétricos com menor queda nas vendas
21 Mai, 2020
Em Portugal, durante o mês de abril, a quebra nas vendas de veículos ligeiros elétricos foi menor do que a registada pelos modelos com motor a combustão – gasolina e gasóleo.
As contas são da Associação de Utilizadores de Veículos Elétricos (UVE) e revelam que a descida nas vendas dos modelos a combustão foi, no mês passado, de 86,5%. Por seu lado, nos veículos elétricos, a descida foi de 35,4%, tendo atingido uma quota de mercado de 14,4%. De referir que nas contas da associação estão incluídos veículos 100% elétricos (BEV) e híbridos plug-in (PHEV).
Cenário preocupante
Como todos sabemos, as vendas de automóveis ligeiros de passageiros e de mercadorias, considerando todos os tipos de combustível/energia, registaram uma queda abrupta no mês de abril. Recuaram 84,8%, tendo sido vendidas 3687 viaturas, das quais 531 referem-se a veículos BEV e PHEV. A já referida descida de 35,4%, mostra, segundo a UVE, “uma grande resiliência face ao descalabro das vendas de viaturas com motores de combustão interna”.
O segmento BEV registou, em abril, 257 viaturas vendidas, o que é uma quebra, mas representa um novo máximo na quota de mercado de veículos 100% elétricos vendidos em Portugal: 7%. Os PHEV registaram cenário semelhante no mês em análise, tendo as 274 unidades matriculadas representado, de igual modo, um novo máximo da quota de mercado, no caso de 7,4%.
Em abril, por marca e nos veículos 100% elétricos, a mais vendida foi a Nissan com 72 unidades entregues, seguida da Peugeot com 43 viaturas vendidas, ficando o terceiro lugar para a Renault, com 39 veículos matriculados. No acumulado dos primeiros quatro meses de 2020, também para os veículos 100% elétricos, a Tesla mantém o primeiro lugar, com 661 viaturas entregues, seguida da Nissan (568) e a Renault (501).
No que se refere aos híbridos plug-in, a BMW, Mercedes e Volvo ocupam os três primeiros lugares no ranking, tanto na análise de abril, como no acumulado do ano.
Maio para a prova dos nove
Maio poderá, de acordo com a UVE, “ser um indicador da resiliência dos veículos elétricos face à completa hecatombe da indústria automóvel europeia e mundial”. A associação dá como exemplo, para se ter uma ideia do panorama atual, o mercado do Reino Unido, onde as vendas totais de automóveis ligeiros caíram 97% em abril.
Partilhar em: